Definição e sintomas

A vulvodínia, também conhecida como vulvodínia, é uma síndrome de dor crónica na zona vulvar (em alguns casos, sem afetar a vagina) e que pode estender-se à região anal, às nádegas e às pernas. Os principais sintomas são:

• Dor, comichão, ardor ou irritação intensa em alguma zona da região vulvar.
• Dor durante as relações sexuais. Até mesmo desconforto em situações quotidianas, como actividades desportivas ou simplesmente ao caminhar ou sentar-se.

Causas

Podem distinguir-se dois subtipos (embora possam ser complementares):

1- A vulvodínia localizada (vestibulite vulvar) manifesta-se por uma dor específica no “vestíbulo vulvar”, ou seja, na zona que rodeia a abertura vaginal.

As mulheres com vestibulite vulvar sentem geralmente dor quando é aplicada pressão, por exemplo, durante a utilização de tampões, relações sexuais ou exames médicos.

2 – A vulvodínia generalizada (vulvodínia disestésica essencial) é uma dor em toda a zona vulvar, que se pode estender desde o púbis até ao cóccix, incluindo as coxas. O desconforto é constante e acentua-se com a prática de desporto ou simplesmente ao caminhar ou sentar-se.

As causas são muito vastas (mesmo não descritas), mas entre as mais frequentes contam-se

• Infecções urogenitais causadas por bactérias e fungos, como a Candida albicans, que provoca a candidíase.
• Doenças sexualmente transmissíveis, como Gardnerella, Gonococcus, vírus do papiloma humano, etc.
• Agentes externos que podem irritar a pele:
  • Produtos de higiene feminina que contêm substâncias químicas irritantes.
  • Pensos e tampões branqueados artificialmente ou que contêm plástico que pode irritar por fricção, gerar alergias de contacto e impedir a transpiração adequada.
• Roupa interior e meias-calças sintéticas ou peças de vestuário apertadas.
• Lesões genitais devidas a relações sexuais forçadas, acidentes, depilação extrema, cirurgia genital, etc.
• Doenças sistémicas como a diabetes, o lúpus, a doença de Crohn, etc.
• A redução dos estrogénios nas mulheres pós-menopáusicas torna a pele da vulva e da vagina mais fina, o que pode provocar secura vaginal e comichão na zona genital.
• Estados emocionais depressivos causados por stress no trabalho, problemas familiares ou de relacionamento, doenças crónicas não tratadas…
• O consumo exagerado de certos alimentos parece estar associado à presença de vulvodínia: muito ácidos, muito açucarados ou contendo uma grande quantidade de uma substância chamada oxalato (presente em maior concentração no gérmen de trigo, na mostarda, na salsa, na beringela, nos amendoins ou no chocolate).

Prevenção prática

Utilizar pensos higiénicos e protetores de cuecas 100% algodão que:

• Garantam que a sua pele está sempre em contacto com algodão puro 100% hipoalergénico, dermatologicamente testado, o que ajudará a evitar o risco de irritação, comichão e alergias.
• Não contêm perfumes ou outros componentes químicos potencialmente nocivos ou fonte de uma possível alergia.

Ao contrário dos pensos Farmaconfort e dos pensos higiénicos, existem produtos que contêm plástico, em contacto permanente com a pele, o que, para além de ser irritante em alguns casos, pode dificultar a transpiração.

Este facto, agravado pelo uso diário de cuecas de plástico, pode gerar um microclima de calor-umidade que pode multiplicar a proliferação de bactérias, fungos, alergias e irritações.

Utilizar tampões que:

• Tenham uma camada de segurança para evitar que se colem, “arranhem” e deixem resíduos dentro de si. Vai notar a diferença quando os tirar, especialmente nos últimos dias.
• O seu núcleo absorvente é feito de algodão puro 100% hipoalergénico e dermatologicamente testado, o que ajudará a evitar o risco de irritação, comichão e alergias.

Ao contrário dos tampões Farmaconfort, existem produtos com fibras sintéticas superabsorventes, como o rayon ou a viscose, que não possuem o véu de segurança.

Por conseguinte, existe o risco de estas fibras se colarem às paredes vaginais, tornando muito difícil a sua remoção ou deixando resíduos.

Tratamento

Consulte o seu médico de família ou o seu ginecologista de confiança.

Só um especialista poderá diagnosticar a origem da vulvodínia e prescrever o melhor tratamento personalizado.